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O que o Rock in Rio nos ensina sobre o papel das marcas no mundo atual

O Rock in Rio faz 40 anos. E em sua 40ª edição, o festival consolida-se como um evento que vai muito além da música, que acompanha as evoluções e tecnologias de seu tempo e sabe, muito bem, entreter e agradar seu público.

Aqui, focaremos nesse “além”. Não na música, que é indiscutivelmente boa, com opções para todos os gostos, mas no evento sob o aspecto empresarial. O que é possível aprender com um festival, algo aparentemente tão distante do universo corporativo?

Realmente, as aparências enganam. O Rock in Rio tem tudo a ver com o mundo corporativo — basta olhar a extensa lista de marcas que contam com ativações próprias na edição de 2024: Itaú, Heineken, TIM, C&A, Coca-Cola, Seara, Natura, KitKat, Doritos, Trident, Ipiranga, Prudential, TikTok, Johnnie Walker, Latam, Movida, Olla, iFood, Hypera Pharma, Britânia, Braskem, entre outras.

Por que estar no Rock in Rio

Perceba como muitas das marcas citadas não têm relação direta com o universo do entretenimento. O que estaria uma Gerdau, produtora de aço, fazendo no Rock in Rio?

Em primeiro lugar, awareness: sem dúvidas, o nome da marca não seria tão forte na cabeça dos jovens, não fosse sua presença no evento, em tantas edições. Além do reconhecimento e atratividade inspirados, ela demonstra sua força perante à concorrência. 

Tão importante quanto é um dos objetivos estratégicos não só da Gerdau, mas de diversos outros nomes que marcam presença no Rock in Rio: a sustentabilidade, em um compromisso demonstrado de maneira divertida e dinâmica, que convida o público a participar e criar memórias positivas com a marca.

Iniciativas sustentáveis

No caso da Gerdau, “máquinas de reciclagem” que se assemelham às clássicas de coletar ursinhos são recheadas com sucata. Elas transformam o público em “recicladores” e premia os participantes com uma miniatura do Palco Mundo, produzida com o aço da marca. Perfeito.

A Movida, uma locadora de carros, leva ao festival o “Movidance”, uma pista interativa na qual os participantes seguem pegadas e acumulam pontos convertidos em árvores plantadas. 

Já a Heineken chama o público para “curtir como se houvesse amanhã”, uma mensagem inteligente, atual e de fácil entendimento, conectada à plataforma ESG da marca, Green Your City, e à sua puro malte produzida com energia verde.

Em suma, o Rock in Rio é uma oportunidade para qualquer marca — qualquer mesmo, independentemente de seu segmento de atuação —, trabalhar o branded content, a conexão com o público e seu compromisso com as pautas ESG de uma maneira que beira o infalível, se bem executada.

Visão do Palco Mundo no início do festival. Créditos: reprodução/Shutterstock.

A tecnologia a favor do Rock in Rio — e do público 

Em um mundo acelerado e tecnológico, o Rock in Rio dá uma aula, também, sobre como facilitar e melhorar a experiência de seu público ultraconectado.

Atrações não faltam. Unindo arte e tecnologia, o Rock in History é um museu a céu aberto, que apresenta a história do festival em realidade aumentada, com conteúdos imersivos e interativos que vão do 3D a universos digitais e cenários virtuais para fotos.

Os tradicionais brinquedos, como a tirolesa e a montanha-russa, continuam lá. Agora, porém, a participação nas atrações é garantida via aplicativo, que por serviço de geolocalização possibilita a entrada em uma fila virtual, possibilitando que o público circule pelo gramado e as demais atrações enquanto aguarda a própria vez.

Os serviços por aplicativo também garantem uma alimentação mais prática e confortável: é possível comprar comidas e bebidas antecipadamente e retirá-las, mais tarde, em filas preferenciais ou com vendedores ambulantes. 

Por fim, a segurança do evento vale-se da inteligência artificial para cumprir seu dever. Há radares, drones, identificação automática de placas de veículos, recursos tecnológicos para contagem de pessoas, controle de fluxo e mapas de calor, além de 138 câmeras com visão noturna infravermelha, espalhadas pela Cidade do Rock.

Celebração

O último aprendizado que destacamos sobre o Rock in Rio é mais simples do que se imagina.

Celebrar.

Comumente, no mundo corporativo, muito se trabalha, muito se preocupa e pouco se celebra. Mas curtir o momento também é importante. E é bastante possível se divertir no trabalho, aliás, ou graças ao trabalho — seja planejando a próxima ativação em um grande evento ao vivo, seja com aquele ingresso-cortesia que te torna parte do público.

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