Author name: Redação MR16

Como a Inteligência Artificial impactará empresas, negócios e líderes

A discussão sobre a substituição da mão de obra humana por ferramentas de Inteligência Artificial não é nova. No início do século passado, essa noção já era explorada na peça de ficção científica R.U.R. (1920), de Karel Čapek, e no clássico Metrópolis, filme alemão dirigido por Fritz Lang. Mas o que antes era sci-fi, hoje parece estar cada vez mais próximo à realidade — é o que muitos acreditam, ao menos. Mas a realidade não é assim tão simples, ou tão extrema.  Como qualquer evolução tecnológica, a Inteligência Artificial tem trazido, sim, mudanças consideráveis nas formas e relações de trabalho, e continuará trazendo. A boa notícia é que o “fator humano” segue insubstituível, e as diversas máquinas, sistemas e programas o evidenciam ainda mais. As insubstituíveis soft skills  Empatia, senso crítico e inteligência emocional. Trabalho em equipe. Capacidade de liderança. As chamadas soft skills, com as quais frequentemente trabalhamos nos treinamentos da MR6, sempre foram importantes e tornam-se ainda mais no contexto da Inteligência Artificial. Voltaremos a esse aspecto mais adiante neste mesmo texto, mas é válido pontuar que mesmo as hard skills ainda têm seu lugar. Afinal, nenhuma inteligência, se artificial, nasce espontaneamente. Elas são criadas e projetadas, analisadas e aperfeiçoadas, e para isso são necessários profissionais qualificados.  O mercado de tecnologia da Informação, há vários anos aquecido, não nos deixa mentir. E os dados também não. Em 2018, o relatório Predicts, da Gartner, já previa que o número de empregos gerados pela IA superaria o volume de cargos suprimidos em decorrência da mesma. Inteligência Artificial nas empresas O relatório CX Trends, da Zendesk, aponta que 77% dos líderes de Customer Experience acreditam que as dinâmicas do setor sofrerão mudanças significativas em decorrência da Inteligência Artificial. E o tempo será recorde: 86% estão confiantes de que a área será totalmente transformada nos próximos três anos. O famoso algoritmo do TikTok, sucesso entre as gerações mais jovens; aquele anúncio que sempre te encontra, exibindo o exato item que você tem precisado, ou pensado em comprar; o Google Maps, a Alexa que você tem na sala, o reconhecimento facial do seu celular. A IA veio para ficar, e ninguém está “imune” a ela. De fato, as automatizações viabilizadas pela Inteligência Artificial otimizam, e muito, diversos processos administrativos e logísticos. Mas ela vai ainda além: o volume de dados coletados e analisados por essas ferramentas permite a identificação de perfis comportamentais e padrões de consumo de seu público-alvo, uma inegável vantagem competitiva.  Tal conhecimento facilita a segmentação de leads ao longo da jornada de compra, além de identificar leads potenciais, que passam a ser mirados pelos times de prospecção. Além disso, de modo geral, uma inteligência baseada em dados concretos possibilita análises e decisões muito mais objetivas e assertivas.  É preciso saber equilibrar Como adiantamos no início deste texto, a Inteligência Artificial, por mais evoluída que seja, não substitui o fator humano de nossa força de trabalho.  Em meio a automatizações e chatbots, o consumidor já começa a buscar e priorizar marcas que proporcionem experiências humanizadas. A personalização, seja do próprio produto ou, principalmente, do atendimento, pode ser o diferencial na escolha por uma ou outra marca.  Para entender melhor esse aspecto, confira o artigo “A lealdade e a satisfação com uma marca estão profundamente ligadas à criação de experiências únicas”, do CEO da MR16, Marcelo Reis, para a EXAME. Implicações sobre o papel humano O CX Trends 2024 traz alguns insights sobre as mudanças ocasionadas pela IA no que se refere ao papel dos agentes humanos: Quais desses aspectos já são observados na sua empresa e liderança? — Gostou deste conteúdo? Leia também:

Como a Inteligência Artificial impactará empresas, negócios e líderes Read More »

Lista obrigatória: quatro livros e quatro filmes que ensinam e inspiram

Você é um leitor assíduo, ou é do time que “prefere ver o filme”? Aqui, temos opções para ambos. Sem “ou”, amamos livros e filmes. E se pudermos aconselhar, é claro, a sugestão é para que leia, e veja, todos. Garantimos que não se arrependerá. Leituras indispensáveis  Livros e filmes O Poder da Persuasão, de Robert B. Cialdini Esta obra é uma via de mão dupla: você aprenderá a persuadir e, também, a não ser facilmente persuadido. São apresentadas as seis “técnicas” psicológicas que constituem o jogo da persuasão, explicadas em detalhes pelo autor Robert B. Cialdini, psicólogo e professor. Além dos ensinamentos, muito úteis ao contexto corporativo e às negociações, “O Poder da Persuasão” é uma leitura recomendada para qualquer um que se interesse pelo âmago da mente e do comportamento humanos. Optimal: como atingir o desempenho máximo nas equipes e na liderança, de Daniel Goleman Quase três décadas após o best-seller “Inteligência emocional”, Daniel Goleman retoma o conceito com especial foco no aspecto profissional. “Optimal”, como o próprio nome sugere, é um guia para a máxima produtividade, que o ensinará a alcançá-la a partir de metas realistas, possíveis e que estenderão o sucesso de sua organização, além de seu próprio, enquanto indivíduo e profissional. Tudo isso, é claro, sob o aspecto e a aplicação da inteligência emocional, especialidade do autor.  Em tempos de Inteligência Artificial, e ao contrário do que se poderia imaginar, o conceito de inteligência emocional torna-se ainda mais relevante, apresentando-se como o que pode ser a diferença do “fator humano” que a IA ainda não é capaz de alcançar. Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, de Stephen R. Covey Covey, um consultor empresarial, parece ter desenvolvido, neste livro, uma espécie de “fórmula do sucesso”. Não porque quem o lê necessariamente o alcança – embora muito ajude, se bem aplicado -, mas porque, mesmo 35 anos após sua publicação, ele permanece atual.  Os sete hábitos propostos por Covey têm um poder muito além de sua aparente simplicidade. Não somente para que se alcance o sucesso profissional, mas também a felicidade plena, e mesmo a saúde física e mental. Não é exagero dizer que se trata de uma filosofia de vida. Mindset: a nova psicologia do sucesso, de Carol S. Dweck Décadas de pesquisa resultaram nesta obra. Sua autora, Carol S. Dweck, é professora de psicologia na Universidade Stanford, grande referência na temática motivação.  Seu brilhantismo esclarece como a mentalidade de um indivíduo influencia todos os aspectos de sua vida, positivamente ou negativamente. A boa notícia é que seu “mindset” pode ser repensado e adaptável. Uma leitura indispensável para quem busca a autoreflexão, não tem medo de transformar desafios em oportunidades ou de encarar as melhores formas de explorar seu próprio potencial.  Filmes que inspiram Tanto na MR16 como na People+, trabalhamos frequentemente o mundo corporativo através do link com o esporte. São mundos diferentes, mas com muito em comum.  Para aqueles que buscam um entretenimento que ainda assim tenha a agregar, listamos a seguir alguns filmes do universo do esporte, com lições para lá de inspiradoras. Confira: King Richard: Criando Campeãs (2021), de Reinaldo Marcus Green A história de um pai perseverante e confiante no talento de suas filhas. Richard Williams, apesar de não ter histórico no tênis, foi uma espécie de técnico de suas duas meninas, Venus e Serena Williams. Já ouviu esses nomes, certo? Tanto no esporte, em si, como pelo aspecto psicológico dos ensinamentos do pai, o longa mostra a origem e o processo de formação desses dois grandes nomes do tênis mundial. O Homem que Mudou o Jogo (2011), de Bennett Miller Orçamento curto é um grande desafio. Parece coisa de escritório, mas é do beisebol.  Neste longa, “O Homem que Mudou o Jogo” é o gerente do time Oakland A’s, que precisa reinventar sua equipe e, para tal, recorre a meios e profissionais improváveis, até rejeitados. Um desafio às regras e ao pensamento já estabelecido de um esporte tão tradicional. Com ousadia, foco e talento, é possível reinventar e ir além.  Um Sonho Possível (2009), de John Lee Hancock A superestrela Sandra Bullock interpreta uma mãe de alta classe, que acolhe em sua própria casa um jovem periférico, negro, até então sem teto. O garoto sonha tornar-se jogador de futebol americano, e o apoio e encorajamento que faltavam agora se fazem presentes. Uma história comovente de amor e superação. Creed: Nascido para Lutar (2015), de Ryan Coogler A história de um homem que decide seguir os passos do pai, falecido antes de seu nascimento, no boxe. Com muita insistência, ele convence Rocky Balboa, mais uma vez vivido por Sylvester Stallone, a ser seu treinador.  Estrelado por Michael B. Jordan, trata-se de um spin-off da famosa franquia de luta, “Rocky”, tão emocionante quanto. Gostou do conteúdo sobre livros e filmes? Leia também: Livros e filmes

Lista obrigatória: quatro livros e quatro filmes que ensinam e inspiram Read More »

Expectativas e tendências para o último trimestre de 2024

Outubro bate à porta e traz consigo a primeira grande data comemorativa do último trimestre do ano: o Dia das Crianças. Como de costume, os lojistas já se preparam para as vendas do período, especialmente abundantes para as categorias de brinquedos, roupas e calçados infantis. Os eletrônicos, que cada vez mais atraem os interesses dos pequenos, ainda não se equiparam, porém, ao volume de vendas das categorias tradicionais. As expectativas têm variado entre as diferentes regiões do país. Em Brasília, 56% dos comerciantes preveem aumento de vendas em comparação ao mesmo período do ano anterior, com movimentação estimada em R$ 261,7 milhões. Os dados são do Instituto Fecomércio-DF. As previsões também são otimistas no No Rio de Grande do Sul, de acordo com levantamento da mesma entidade. Em Minas Gerais, porém, a expectativa é a menor desde 2020. Apenas 18,4% dos entrevistados pela pesquisa Expectativa de Vendas – Dia das Crianças 2024 aguardam melhores resultados este ano, em comparação com o mesmo período de 2023. Ainda assim, não se pode desconsiderar a importância do Dia das Crianças não somente para o comércio, mas também para o setor de serviços. Não faltam eventos direcionados ao público infantil.  Expectativas para o último trimestre Embora o Dia das Crianças não tenha a força da Black Friday ou do Natal, a data é um primeiro termômetro, apesar de tímido, do que podemos esperar para o fim do ano.  A intenção de consumo das classes mais baixas esteve em queda desde o início de 2024, resultado da ameaça inflacionária e da alta do dólar. Por outro lado, um ritmo mais positivo do mercado de trabalho começa a trazer, para essas mesmas famílias, um otimismo que chega aos poucos, cauteloso, conforme apontado pelo Índice de Confiança do Consumidor (ICC) e pela Intenção de Consumo das Famílias (ICF), em dados do fim do primeiro semestre deste ano. É claro, as previsões para as vendas de fim de ano estão sujeitas a fatores socioeconômicos e ainda não há dados ou pesquisas com resultados já disponíveis. Uma variável que se repete ano a ano, porém, é a ajuda representada pelo pagamento de férias e 13° salário, que se reflete no aumento do consumo linkado aos grandes eventos que marcam, principalmente, o mês de dezembro. Para algumas famílias, o Desenrola trouxe um alívio do endividamento, o que também pode se refletir em maior poder e segurança para compra nos próximos meses. E para quem busca uma oportunidade de emprego temporário, a hora é agora para iniciar a busca.  Tendências de consumo Já adiantamos, aqui no blog, algumas das tendências de consumo que se mantêm, agora, neste período de fim de ano: Podemos citar, ainda, o interesse crescente do consumidor pela personalização, seja no produto, em si, ou na experiência proporcionada pela marca. Uma pesquisa sobre este tema foi publicada pela McKinsey no final de 2023 e permanece bastante atual.  O “boom” dos eletrodomésticos  Um setor que já tem performado bem e promete crescer ainda mais no período de datas comemorativas é o de eletrodomésticos.  Para o segmento, 2024 tem sido um ano de recuperação. Com uma média de 3% de crescimento nos últimos anos, alguns períodos fecharam com resultados negativos, em épocas passadas, segundo Jorge Nascimento, presidente executivo da Eletros. Este ano, porém, registrou-se uma alta de 31.5% no consumo desses itens, entre janeiro e agosto, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 71 milhões de unidades vendidas. De olho na Black Friday e no Natal, a expectativa é que o setor encerre 2024 com um aumento de 15% em vendas. E os preparativos já começaram: empresas como LG, Samsung e Semp TLC injetam investimentos em logística e já alimentam seus estoques, cujo aumento chega a 50% em relação a 2023. Prevê-se, ainda, condições de pagamento facilitadas, em parcerias com redes varejistas, com maiores possibilidades de parcelamento. —- Gostou deste conteúdo? Leia também:

Expectativas e tendências para o último trimestre de 2024 Read More »

Consumidor 5.0: quem ele é e como seu negócio deve se adaptar

As particularidades desta era ultradigitalizada e globalizada trazem consigo uma nova forma de consumo, concretizando o que temos chamado Consumidor 5.0. Já falamos aqui no blog sobre o Tempo 5.0, também resultado desta era em que vivemos. Mas, quando se pensa no consumidor, temos um desafio que vai além.  Para alcançarmos o Tempo 5.0, buscamos adequar-nos às melhores práticas de gerenciamento de tempo no contexto atual. Mas para chegar ao Consumidor 5.0 é necessário, por vezes, adaptar todo o negócio, e não raramente o próprio produto. Quem é o Consumidor 5.0 Há cinco aspectos-chave que podemos listar para entender o comportamento de consumo deste nosso público-alvo: Os efeitos da pandemia As variáveis e tendências que culminariam no Consumidor 5.0 eram inevitáveis. Mas elas foram, e muito, aceleradas pela pandemia. O comércio eletrônico, seu principal efeito quando se pensa o comportamento de consumo, hoje é preferência de muitos. O que antes era feito por segurança, ou mesmo por falta de opção, permanece, agora, pela praticidade. E há mais e mais facilitadores: buscadores que comparam preços, ofertas exclusivas em e-commerce, frete grátis, entrega expressa, assinaturas que agregam uma série de benefícios, entre outros aspectos. A Amazon, por exemplo, é um grande case de sucesso que merecia um artigo próprio — faremos. Em um futuro próximo, estar online será fundamental à sobrevivência do próprio negócio. Para alguns segmentos, já é. Como adequar-se às novas formas de consumo Como adiantado no tópico anterior, estar online é uma necessidade. Mas não somente. É preciso ser multicanal. Online e offline, físico e não físico. Omnichannel O modelo Omnichannel é a melhor maneira de alcançar e se adequar ao Consumidor 5.0. Trata-se de uma abordagem de vendas multicanal e integrada.  Destacamos o “integrada” porque pouco adianta estar presente em vários canais, se eles não se conversam.  Há quem queira comprar um produto online e retirar na loja física mais próxima à sua casa, por exemplo. Ter acesso a um evento por meio de ingresso digital. Aproveitar vouchers disponibilizados em aplicativos, em unidades presenciais. Comprar online seu combo de pipoca para evitar longas filas ao chegar à sala de cinema. Entre outros tantos exemplos. No contexto atual, sua persona está presente em uma variedade de canais, com preferências por um ou outro. Entender essas preferências e estar “no lugar certo, na hora certa”, mantendo a consistência com os demais canais da empresa, é fundamental a uma estratégia omni. Tal integração, aliás, deve ser pensada em todas as frentes da empresa: ofertas promocionais, comunicação, distribuição, logística, atendimento etc. Pouco adianta ter um atendimento humanizado e atencioso em um canal, por exemplo, e um relapso ou robotizado em outro.  Assim como não se pode planejar uma estratégia de ofertas sem considerar o que está sendo feito nos demais canais da empresa — todos eles, afinal, estão direcionados a um objetivo comum: a venda, o sucesso do negócio. E um não deve prejudicar o outro.  Válido lembrar que, no próprio ambiente online, o e-commerce é apenas um entre vários canais. Existem as redes sociais, o e-mail marketing, os aplicativos, que frequentemente contam com dinâmica e vantagens próprias, entre outros.  É claro, há estratégias próprias ao manejo e à melhor utilização desses canais, como o Inbound Marketing, mas esse é um tema para outro artigo.  — Gostou do conteúdo? Leia também:

Consumidor 5.0: quem ele é e como seu negócio deve se adaptar Read More »

O que o Rock in Rio nos ensina sobre o papel das marcas no mundo atual

O Rock in Rio faz 40 anos. E em sua 40ª edição, o festival consolida-se como um evento que vai muito além da música, que acompanha as evoluções e tecnologias de seu tempo e sabe, muito bem, entreter e agradar seu público. Aqui, focaremos nesse “além”. Não na música, que é indiscutivelmente boa, com opções para todos os gostos, mas no evento sob o aspecto empresarial. O que é possível aprender com um festival, algo aparentemente tão distante do universo corporativo? Realmente, as aparências enganam. O Rock in Rio tem tudo a ver com o mundo corporativo — basta olhar a extensa lista de marcas que contam com ativações próprias na edição de 2024: Itaú, Heineken, TIM, C&A, Coca-Cola, Seara, Natura, KitKat, Doritos, Trident, Ipiranga, Prudential, TikTok, Johnnie Walker, Latam, Movida, Olla, iFood, Hypera Pharma, Britânia, Braskem, entre outras. Por que estar no Rock in Rio Perceba como muitas das marcas citadas não têm relação direta com o universo do entretenimento. O que estaria uma Gerdau, produtora de aço, fazendo no Rock in Rio? Em primeiro lugar, awareness: sem dúvidas, o nome da marca não seria tão forte na cabeça dos jovens, não fosse sua presença no evento, em tantas edições. Além do reconhecimento e atratividade inspirados, ela demonstra sua força perante à concorrência.  Tão importante quanto é um dos objetivos estratégicos não só da Gerdau, mas de diversos outros nomes que marcam presença no Rock in Rio: a sustentabilidade, em um compromisso demonstrado de maneira divertida e dinâmica, que convida o público a participar e criar memórias positivas com a marca. Iniciativas sustentáveis No caso da Gerdau, “máquinas de reciclagem” que se assemelham às clássicas de coletar ursinhos são recheadas com sucata. Elas transformam o público em “recicladores” e premia os participantes com uma miniatura do Palco Mundo, produzida com o aço da marca. Perfeito. A Movida, uma locadora de carros, leva ao festival o “Movidance”, uma pista interativa na qual os participantes seguem pegadas e acumulam pontos convertidos em árvores plantadas.  Já a Heineken chama o público para “curtir como se houvesse amanhã”, uma mensagem inteligente, atual e de fácil entendimento, conectada à plataforma ESG da marca, Green Your City, e à sua puro malte produzida com energia verde. Em suma, o Rock in Rio é uma oportunidade para qualquer marca — qualquer mesmo, independentemente de seu segmento de atuação —, trabalhar o branded content, a conexão com o público e seu compromisso com as pautas ESG de uma maneira que beira o infalível, se bem executada. A tecnologia a favor do Rock in Rio — e do público  Em um mundo acelerado e tecnológico, o Rock in Rio dá uma aula, também, sobre como facilitar e melhorar a experiência de seu público ultraconectado. Atrações não faltam. Unindo arte e tecnologia, o Rock in History é um museu a céu aberto, que apresenta a história do festival em realidade aumentada, com conteúdos imersivos e interativos que vão do 3D a universos digitais e cenários virtuais para fotos. Os tradicionais brinquedos, como a tirolesa e a montanha-russa, continuam lá. Agora, porém, a participação nas atrações é garantida via aplicativo, que por serviço de geolocalização possibilita a entrada em uma fila virtual, possibilitando que o público circule pelo gramado e as demais atrações enquanto aguarda a própria vez. Os serviços por aplicativo também garantem uma alimentação mais prática e confortável: é possível comprar comidas e bebidas antecipadamente e retirá-las, mais tarde, em filas preferenciais ou com vendedores ambulantes.  Por fim, a segurança do evento vale-se da inteligência artificial para cumprir seu dever. Há radares, drones, identificação automática de placas de veículos, recursos tecnológicos para contagem de pessoas, controle de fluxo e mapas de calor, além de 138 câmeras com visão noturna infravermelha, espalhadas pela Cidade do Rock. Celebração O último aprendizado que destacamos sobre o Rock in Rio é mais simples do que se imagina. Celebrar. Comumente, no mundo corporativo, muito se trabalha, muito se preocupa e pouco se celebra. Mas curtir o momento também é importante. E é bastante possível se divertir no trabalho, aliás, ou graças ao trabalho — seja planejando a próxima ativação em um grande evento ao vivo, seja com aquele ingresso-cortesia que te torna parte do público. ———————————– Gostou desta publicação? Leia também:

O que o Rock in Rio nos ensina sobre o papel das marcas no mundo atual Read More »

Gerenciamento de demandas: a importância da rotina e metodologias aplicáveis

Para Hal Elrod, autor de “O Milagre da Manhã”, “nossos hábitos criam nossa vida” e “não há nenhuma habilidade mais importante para aprender e dominar que controlar seus hábitos”. Essa visão está bastante alinhada ao tema central de nosso artigo de hoje: o gerenciamento de demandas, e como fazê-lo de maneira eficaz. De fato, diante da complexidade e aceleração do mundo atual — sobre os quais já discutimos no artigo sobre Tempo 5.0 —, buscar a disciplina através de rotinas é um “must”. Para tal, há alguns momentos-chave sobre os quais se trabalhar, além de metodologias que podem ser aplicadas à sua própria vida. A importância da rotina matinal Você certamente já ouviu falar que “o café da manhã é a refeição mais importante do dia”. E não somente: a manhã, como um todo, é (ou deveria ser) o período mais importante do seu dia.  É o momento em que você se encontra mais descansado, com a cabeça fresca e em seu máximo potencial. Logo, saber utilizá-lo é essencial, e há uma série de maus hábitos que devem ser abandonados, e outros novos que precisam ser adotados, para aproveitar ao máximo as primeiras horas da manhã. Tenha em mente que: Comece a organizar seu dia Tendo em mente os pontos listados nos tópicos anteriores, fica clara a importância de organizar seu dia.  Se você tem problemas de sono ou simplesmente não tem uma constância quanto aos seus horários para dormir e acordar, tente ajustá-los aos poucos: a partir do horário que você precisa levantar, faça o cálculo para saber que horas deverá se deitar.  E uma vez que esteja dormindo e acordando regularmente nos mesmos horários, reduza 15 ou 30 minutos no momento em que vai dormir, de modo que consiga, assim, acordar mais cedo e ter mais tempo livre para si mesmo e sua rotina matinal. Além disso, um erro bastante comum é tentar organizar seu dia já na manhã do dia em questão. Considerando que a maioria das pessoas tem um tempo limitadíssimo durante a manhã, não faz sentido ocupá-lo com coisas que já poderiam ter sido feitas. Portanto, programe-se no fim de semana anterior, ou, no mais tardar, na noite anterior. Além de liberar sua manhã, você também dormirá mais tranquilo, sem se preocupar tanto com as demandas do dia seguinte, que já estarão organizadas em sua agenda. Matriz de Eisenhower para gerenciamento de demandas O nome parece complexo, mas o modelo é bastante simples. A Matriz de Eisenhower leva esse em referência a Dwight D. Eisenhower, 34.º presidente dos Estados Unidos. Durante um discurso, em 1954, ele disse: “Tenho dois tipos de problema, o urgente e o importante. O urgente não é importante, e o importante nunca é urgente”. Foi essa citação que inspirou Stephen Covey, autor de “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, a desenvolver a matriz. O método nada mais é que a segmentação das tarefas do dia em quatro quadrantes:  Dessa forma, no primeiro quadrante (“fazer”) constarão as tarefas mais importantes e urgentes, aquelas que, se não feitas, gerarão consequências mais sérias. No segundo (“agendar”), estarão as demandas que também são importantes, mas que não precisam ser feitas imediatamente. Já no terceiro quadrante (“delegar”), constarão aquelas demandas que podem ser confiadas a outros membros de sua equipe, sejam ou não tão importantes ou urgentes. Lembre-se: saber delegar é uma característica de todo bom gestor.  Por fim, o último quadrante (“excluir”) englobará as tarefas restantes, que muitas vezes se mostrarão nada urgentes, ou sequer importantes, mais servindo para atrapalhar o andamento do que de fato importa e que podem, assim, ser desconsideradas. Diversas outras metodologias podem ser unidas às aqui especificadas para melhorar sua gestão de demandas, de tempo e objetivos. Elas têm seu próprio espaço em nossos treinamentos, atualmente focados em duas frentes: Tempo 5.0 e Consumidor 5.0. Saiba mais aqui.  E se gostou deste artigo, leia também:

Gerenciamento de demandas: a importância da rotina e metodologias aplicáveis Read More »

A inteligência emocional como fator fundamental à sua negociação

Tão importantes quanto às competências técnicas, em uma negociação, são as competências comportamentais. Especialmente em um cenário B2B, a inteligência emocional é fundamental para que saibam identificar e aproveitar gatilhos emocionais. Além, é claro, para que seja possível manter-se firme em momentos de pressão. Quem nunca “teve um branco”, afinal, e todas aquelas coisas que estavam na ponta da língua parecem ter esvaecido? Em um cenário corporativo e competitivo, porém, um simples “branco”, perdoável em muitos contextos, pode ser a diferença para que o negócio seja ou não fechado. Ao contrário do que alguns pensam, inteligência emocional não é somente sobre gerenciar as próprias emoções. É, também, sobre compreender e melhor lidar com as emoções daqueles com quem se lida, das pessoas à sua volta. Ela o torna capaz de aliar os dois “hemisférios” da mente humana: a intuição, o próprio “emocional”, ao lado racional, à “inteligência”.  E pode ser especialmente delimitadora no contexto corporativo… Inteligência emocional em negociação B2C versus B2B As particularidades de uma negociação B2B tornam a inteligência emocional, que nunca deixa de importar, ainda mais relevante.  Em um cenário B2C, quando se lida diretamente com o cliente final, na maioria das vezes encontramos uma persona já disposta, mesmo que parcialmente, a adquirir determinado produto ou serviço. Ninguém entra em uma loja para “dar uma olhadinha”, por exemplo, se já não existe um mínimo interesse prévio pelos itens ali ofertados. Além disso, o cliente final normalmente não contará com competências técnicas e discursivas de negociação, o que o torna mais fácil de ser convencido.  No mundo corporativo, por outro lado, há muito mais em jogo: os contratos que se buscam frequentemente têm tempo determinado e valoração muito mais significativa — seja a literal, no montante que aquilo representará para o caixa da empresa, ou pelo que a parceria em si configura para a corporação.  Nesse cenário, não se encontram pessoas despreparadas. Mesmo que o negócio interesse a ambas as partes, o “lado de lá” evidentemente buscará o que é melhor para si — e nem sempre será o que é melhor para a sua empresa, ainda que seja interessante, ainda assim. Daí a importância da inteligência emocional para encontrar um meio termo vantajoso para ambas as partes.  Os pilares da inteligência emocional Cinco pilares podem ser trabalhados para melhor aplicar a inteligência emocional em suas negociações. Eles foram definidos pelo psicólogo e jornalista científico Daniel Goleman, autor do livro “Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”, grande referência no tema. São eles: Autopercepção e heteropercepção Em seu livro-referência, Goleman fala também sobre autopercepção e heteropercepção. Esses conceitos dizem respeito, respectivamente, ao que você percebe e compreende sobre si mesmo e o mundo ao seu redor, e às maneiras como outras pessoas percebem esses mesmos elementos.  É claro, essas percepções nem sempre serão as mesmas. Na verdade, frequentemente serão distintas. Logo, suas escolhas e ações, ainda que pareçam corretas e assertivas para você, não necessariamente o serão para outras pessoas. Por isso, mais uma vez, a importância de buscar uma compreensão do todo, das percepções alheias. Tal compreensão estenderá seu autoconhecimento ao te mostrar, também, a maneira como você é percebido. Irá ajudá-lo a evoluir, cada vez mais, sua maneira de se comunicar. Proporcionará maior previsibilidade em uma série de situações, especialmente no que se refere a antecipar possíveis riscos e traçar planos de ação para os mesmos. Em outras palavras, você desenvolverá sua capacidade de adaptabilidade e estará apto a gerir conflitos — e ao estar melhor preparado, você certamente estará, também, mais confiante em sua negociação. — Gostou deste artigo? Leia também:

A inteligência emocional como fator fundamental à sua negociação Read More »

Tempo 5.0: planejamento e administração rumo aos seus objetivos

O mundo em que vivemos, época do que pode ser chamado de tempo 5.0, é uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que não faltam ferramentas que otimizam processos e ultrapassam limites físico-temporais, o volume de demandas e informações é avassalador.  O custo de vida é alto, especialmente nas grandes metrópoles. Diversas profissões encontram-se, infelizmente, sucateadas, embora a digitalização e o modelo EaD sejam grandes acertos dos tempos atuais, no sentido de tornar a educação mais acessível. Agilidade e dinamismo são palavras-chave. E ainda mais é o tempo. Ele, que muitas vezes é visto como um potencial “salvador da pátria” e precisa ser administrado com sabedoria.  Fato é: tendemos a evoluir para uma realidade ainda mais dinâmica, ainda mais acelerada. As tantas novas tecnologias já substituem a mão de obra humana, enquanto possibilitam, também, uma vida mais confortável, frequentemente mais prática, até mais fácil.  Nada está livre de um lado bom e de um lado ruim, percebe-se. E em uma realidade em atividade constante, também ele, o tempo, nunca para, nunca volta atrás. Na atual conjuntura, ele adquire novas características e particularidades. Evoluímos para o tempo 5.0. O tempo 5.0 Como uma empresa necessita ter bem definidas sua missão e visão, também o tempo, especialmente no contexto corporativo, necessita objetivos. Já dizia a famosa frase de Alice no País das Maravilhas: “se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.” Dessa forma, o primeiro passo para conseguir administrar e, de tal modo, adotar a estratégia do tempo 5.0 é saber aonde você quer chegar. Para ajudar, há algumas perguntas para as quais você pode buscar respostas: Sim, as respostas vêm do macro para o micro, propositalmente. Porque estão interligadas. Não há possibilidade de que se alcance uma meta de vida sem que se trabalhe diariamente, semanalmente, mensalmente e anualmente para que, um dia, tal meta seja integralmente e plenamente alcançada. Evidentemente, imprevistos fazem parte do jogo. Ainda assim, tendo claros seus objetivos, administrá-los torna-se muito mais fácil. O que é “impeditivo” torna-se “desafio”, e com desafios aprendemos e evoluímos ainda mais. Tempo 5.0 – planejamento tático Aqui, lida-se com o mundo real, e o mundo real exige metas realistas. De nada adianta querer economizar 100 mil em um ano, por exemplo, se este for todo o valor que você conquista, com sua força de trabalho, no período. Você precisa viver, comer, divertir-se, pagar o aluguel ou o financiamento de uma casa própria, a gasolina… Uma meta realista, se financeira, exclui o valor investido em despesas básicas e fundamentais, adapta-se ao que é possível adaptar e muitas vezes exige sacrifícios, ou alguns adiamentos — deixar de trocar de celular por um modelo mais atual, por exemplo, pode valer a pena se ajudar a viabilizar aquela viagem que você tanto quer. Talvez você encontre tal modelo de celular a preços mais atrativos, inclusive, durante a viagem. E a registrará com ele. Diferentes áreas, planejamentos próprios  Há diversas formas de segmentar seu planejamento de tempo 5.0. Você pode ter um planejamento pessoal (“emagrecer 0,5kg por semana”, “economizar mil reais por mês”) e outro profissional (“com o valor economizado, investir em um curso de continuação ou especialização para me capacitar melhor”) — é o recomendado. Um bom exemplo, que pode ser aplicado, inclusive, tanto ao planejamento profissional como ao pessoal, é a divisão em meses. Exemplo: E assim por diante. Análise de resultados e planos de ação Sabia que os famosas KPIs (Key Performance Indicators, ou, em português, indicadores-chave de performance) não se aplicam somente às práticas corporativas? Você pode, e deve, definir seus próprios indicadores-chave de desempenho, para entender em que pé está na caminhada rumo aos seus objetivos. Tais indicadores podem ser quantitativos (valor em poupança, por exemplo) ou qualitativos (tempo de qualidade destinado à família). Essa revisão e análise cuidadosas são essenciais para entender o progresso de suas metas e ajustar o que for necessário.  Por fim, é necessário entender que os métodos ajudam, mas não são “fórmulas mágicas”. São fórmulas pessoais. Busque e entenda o que funciona melhor para você, em sua organização pessoal. Tentativa e erro são mais que bem-vindos. É testando que se aprende, e se encontra.  E lembre-se: não apenas sonhe com uma vida melhor. Lute por ela, sem deixar de aproveitar a que já tem. Gostou do conteúdo? Leia também:

Tempo 5.0: planejamento e administração rumo aos seus objetivos Read More »

ESG e o consumidor sustentável: teoria versus prática

Muito se tem falado sobre sustentabilidade, ESG e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos em agenda da Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em 2015. Ao mesmo tempo, o consumidor, cada vez mais bem informado, vem se mostrando mais preocupado e exigente com as questões sustentáveis —— ao menos em teoria.  Tem crescido, de fato, o número de pessoas que afirmam saber do que se trata o ESG. É o que mostram as pesquisas. Entretanto, tal noção não necessariamente os torna consumidores sustentáveis. Afinal, não basta o conhecimento, se as relações de consumo pouco ou nada mudam. Dados da pesquisa “Impacto ESG no Varejo” mostram que 85% dos entrevistados assumem ter práticas de consumo que não contribuem positivamente para o planeta. O estudo, já em sua segunda edição, foi realizado pela Mosaiclab para o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), com resultados divulgados no segundo semestre de 2023. O fator que acaba prevalecendo, na prática, é o preço. Prova disso é a crescente de vendas em sites de produtos importados, onde itens variados podem ser encontrados por valores abaixo da média. Pouco se sabe sobre a origem e a cadeia produtiva dos itens adquiridos nessas plataformas. Ainda assim, eles são negócios de sucesso. As recentes taxações, inclusive, geraram furor negativo entre os consumidores brasileiros. Em um país onde a esmagadora maioria da população pertence às classes C, D e E, ainda prevalece o “S” do ESG como fator de importância mais imediata. O âmbito social em sustentabilidade Quando se fala em sustentabilidade, muitos pensam somente em aspectos ambientais, sem se dar conta de que, na verdade, a sustentabilidade é um conceito muito mais amplo. Uma das análises mais interessantes (e assertivas) sobre o tema é de autoria do economista francês Ignacy Sachs. Referido também como um ecossocioeconomista, Sachs divide a sustentabilidade em cinco dimensões: Desconsiderando o puro aspecto discursivo, o âmbito social é o que parece ter maior relevância para o consumidor brasileiro, a curto prazo. Para as classes C, D e E, as quais, vale reforçar, são maioria da população, o interesse reside nas relações trabalhistas,em  mais oportunidades de emprego e salários justos.  Quanto aos demais aspectos, a tendência do consumidor ainda é mais orientada à expectativa que à prática. Em outras palavras, espera-se que a cadeia produtiva responsabilize-se pela adoção de práticas e produtos sustentáveis, ainda que tais práticas não sejam estendidas ao âmbito pessoal e doméstico. E espera-se, ainda, que os detentores dos meios de produção sejam mais transparentes quanto à sua cadeia produtiva. É a ética tão fundamental à governança. Quem é o consumidor sustentável A escolha responsável ao comprar e consumidor produtos é apenas uma de várias atitudes de um consumidor sustentável.  Ele venceu a obsolescência percebida, ou seja, já não descarta um produto em perfeito funcionamento devido ao surgimento de um tecnologicamente mais avançado. Em paralelo, frequentemente não se importará em pagar um valor mais alto, desde que tenha confiança de que aquele produto foi produzido sob práticas sustentáveis. O consumidor sustentável leva o tema para a vida pessoal, para dentro de casa. Realiza coleta seletiva, faz sua parte na redução da emissão de poluentes — andar de bicicleta ou optar pelo transporte público são bons exemplos. Ele planeja suas compras, evita o desperdício, busca itens refiláveis e produtos reciclados (e recicláveis), tem preferência por bens duráveis, lê rótulos atentamente, entre outras práticas. E não é porque esse consumidor está se materializando lentamente que a cadeira produtiva não deva ter olhar atento para ele, e para si mesma, no sentido de se adaptar para atender às suas exigências. A informação é o primeiro passo para a mudança, e ela é crescente. O compromisso pela sustentabilidade, estabelecido pela ONU já há quase dez anos, tem se tornado mais e mais urgente.  Não se produz olhando apenas para o presente, mas para o futuro. E o futuro não simplesmente será, mas precisará ser sustentável. Gostou de conhecer mais sobre o consumidor sustentável? Leia também:

ESG e o consumidor sustentável: teoria versus prática Read More »

Paris 2024 foi um sintoma espetacular de nossa existência acelerada

Se há algumas Olimpíadas os smartphones não eram algo sequer imaginável, em Paris 2024 eles foram vistos em locais de prova e em pódios. Há poucas edições, as partidas estavam restritas a poucos canais que detinham os direitos de transmissão, a maioria dos quais pagos, impossibilitando que o grande público as acompanhasse. Em Paris, entretanto, os jogos, graças à transformação digital, estiveram nas mãos de qualquer um que tivesse sua própria tela inteligente portátil. Puderam ser vistos de casa, do ônibus ou metrô, daquele carro de aplicativo — também um produto destes tempos atuais —, até mesmo do trabalho, seja no almoço, café ou em pequenas pausas. E não era necessário ter uma conta paga Globoplay para assistir pelo SporTV, não. Bastavam três cliques para entrar no YouTube e abrir uma transmissão ao vivo do CazéTV. Apesar das polêmicas sobre a narração e transmissão do canal em questão, não se pode negá-lo como um autêntico exemplo da democratização da informação, tão característica da era digital. Fora as dezenas de portais, especializados ou não, dedicados à cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris, e à análise dos mesmos. E as dezenas mais orientadas ao que acontecia em paralelo — não faltaram “fofocas olímpicas” para entreter a massa tuiteira. Algumas das fontes, dizem, eram os próprios atletas e comissões. O contato direto com um comunicador interessado está a um whatsapp de distância, afinal. As imagens, os takes, os efeitos de câmera — inclusive para analisar e reanalisar jogadas e técnicas — foram um espetáculo por si só. Chamaram a atenção mesmo dos leigos mais “desligados” a esse tipo de tecnologia.  A abertura ao ar livre, apesar da forte chuva, de algumas opiniões não tão positivas e dos muitos memes, foi, sim, diferente de tudo já feito antes. E as escolhas da cidade sede, tanto em discurso como na prática, alertaram para as questões ambientais desde o dia 1. Paris 2024 trouxe o calor humano de volta, mas já durante os tempos sombrios que vivemos durante Tóquio 2020 (adiados para 2021), foi também graças às possibilidades digitais que, mesmo de tão longe, o mundo pôde acompanhar tudo “de perto”.  O que o futuro nos reserva? Os Jogos Olímpicos de 2024 nos fizeram refletir sobre muitas questões: de incentivo ao esporte à sustentabilidade, de questões raciais às de gênero. Todas para lá de necessárias. Mas eles foram sintoma, sobretudo, da aceleração dos tempos em que vivemos. Das mudanças em prazo recorde. O que era válido há um ano pode se tornar obsoleto nos dias de hoje. Ao mesmo tempo, a produção de bens duráveis é uma necessidade ambiental.  Estamos evoluindo como nunca antes, alcançando patamares tecnológicos que seriam inacreditáveis, não fossem facilmente testáveis e prováveis. Tudo isso com a pressão para que se evolua no presente possibilitando o futuro. Um futuro sustentável. Um futuro com futuro.  Como estaremos nos próximos Jogos? Quanta coisa poderá mudar em mais quatro anos? O que esse futuro nos reserva? Quais suas apostas?

Paris 2024 foi um sintoma espetacular de nossa existência acelerada Read More »

Rolar para cima